A Companhia Missionária é um Instituto secular de direito Pontifício que encontra na espiritualidade de amor e de oblação, colhida da Sagrada Escritura e expressa de modo culminante no Mistério do Coração trespassado de Cristo, o alimento da sua vida interior e da sua missão. Esta espiritualidade brota da contemplação de Cristo no mistério do seu Coração Trespassado (cfr.Jo19,37), sinal de amor total pelo Pai e pelos homens, fonte de vida eclesial, instrumento de universal redenção.
Como missionárias do Coração de Jesus, somos chamadas a viver a vida de amor até nos fazermos comunhão com Deus e com os irmãos, segundo o modelo que Cristo nos deixou e o exemplo da primeira comunidade cristã. Viveremos este ideal numa intensa e operosa união com Cristo. Com Ele e juntamente com toda a humanidade, oferecer-nos-emos ao Pai, em docilidade ao Espírito, como oblação viva, santa e agradável a Deus 8cfr.Rom12,1), no acolhimento humilde e sereno da sua vontade, qualquer que seja a forma em que ela se manifeste. Como Jesus e Nossa Senhora, manter-nos-emos abertas ao “sim” (cfr. Heb.10,5-9; Lc1,38) e disponíveis ao “serviço” por amor (cfr.Jo13,12-17).
Fazer comunhão com os irmãos significa “perder-se” para reencontra-se em Cristo e fazer-se com Ele escuta, disponibilidade, doçura, respeito, ponto de encontro, força unitiva…com as irmãs de ideal, com os familiares e com todos os homens. Portanto, dirigidas e ajudadas de modo eficaz pelo Espírito Santo que educa o coração dos homens e o mantém novo no amor, sentir-nos-emos empenhadas em nos apresentarmos marcadas em tudo e sempre pela caridade, sinal da presença de Deus que é amor (cfr.1Jo4,8). O amor dominará, assim, todas as expressões da nossa vida e aparecerá evidente no testemunho, expresso mediante a vivacidade da doação, o sorriso, a simplicidade, o acolhimento de todos os homens como irmãos. A vida de amor, entendida e vivida assim, fará de nós um complemento real da imolação de Cristo e tornar-nos-á cooperadoras da sua obra de redenção no interior do mundo. Para esta finalidade, valorizaremos toda a nossa vida, com as suas alegrias e esperanças, com o seu peso de trabalho, de fadiga e de prova, em comunhão com os sofrimentos e a morte de Cristo (Col.1,24).